O treinador que no ano passado fez um excelente trabalho a frente da equipe sub-12 do Cruzeiro e que está esse ano a frente da equipe sub-14, se prepara para fazer mais um grande trabalho este ano. O primeiro desafio do treinador será em um torneio internacional que ocorrerá na China, a delegação cruzeirense embarca nesta quarta-feira (17/04) para o torneio denominado: Codion Cup na cidade de Haimen, a equipe do Cruzeiro estreará na competição no próximo domingo, contra a equipe chinesa do Musan da Coreia do Sul. Conversamos com este jovem, mas muito qualificado treinador sobre o mercado de treinadores no Brasil.

T.B.: Qual a percepção do amigo sobre o mercado de treinadores do Brasil?

FÁBIO BROSTEL: Entendo que temos dois mercados, base e profissional. A base se mantém um pouco mais “segura” em relação a estabilidade e o profissional sempre com as mudanças de acordo com os resultados dos jogos. Penso que os treinadores estão buscando cada vez mais a capacitação, gerando concorrência por todo o país!! Hoje nem sempre o treinador local está no clube, tanto na base quanto no profissional, isso abre um leque de opções e com a capacitação cada vez mais presente, a concorrência aumenta.

T.B.: Como o amigo avalia o processo de certificações da CBF para as licenças concedidas?

FÁBIO BROSTEL: Vejo o programa de licenças da CBF importante para a carreira, tive a oportunidade de fazer a partir da B, hoje tenho a A e sem duvida o repertório do dia a dia aumenta muito. Porém ainda esbarramos no alto custo principalmente para os treinadores da base que tem uma receita muito menor que os treinadores do profissional.

T.B.: Qual a maior dificuldade encontrada pelos treinadores com relação aos clubes?

FÁBIO BROSTEL: Cada clube tem sua particularidade, existem vários modelos de gestão, alguns mais profissionais e outros menos. Muitos treinadores esbarram em questões políticas, estruturais e metodológicas e devemos estar cada vez mais capacitamos a lidar com todo o processo, desde a área técnica até a administrativa. A meu ver, o treinador que tem a oportunidade de passar pela base chega melhor preparado as categorias superiores.

T.B.: a opinião do amigo sobre a instabilidade da profissão?

FÁBIO BROSTEL: Tudo depende de como é a gestão do clube, como são avaliados os profissionais que nele trabalham e quais são os resultados que o clube deseja em cada categoria. O processo de formação do atleta até chegar ao profissional deve ser detalhado, com ênfase principal na evolução técnica, física e cognitiva do atleta, porém esse processo tem muitas variáveis e a gestão deve ter cuidado para que os erros sejam mínimos,

 T.B.: Qual a importância e como o amigo avalia o trabalho de base realizado nos clubes brasileiros?

FÁBIO BROSTEL: De modo geral bom, as grandes equipes estão se estruturando cada vez mais e valorizando os profissionais da base. Ainda longe do ideal, porém entendo que acontece uma crescente na valorização da base.

Desejamos ao treinador FÁBIO BROSTEL sucesso nesse novo desafio à frente da equipe sub-14 do Cruzeiro e na competição que disputará em solo chinês (Codion Cup  realizada na cidade de Haimen-CHI).

Nossos agradecimentos ao treinador FÁBIO BROSTEL, pela atenção e cordialidade com a página: 

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